EP #6: Relacionamentos com Wendell Carvalho - Resenha crítica - 12min Personalities
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EP #6: Relacionamentos com Wendell Carvalho - resenha crítica

EP #6: Relacionamentos com Wendell Carvalho Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
12min Originals

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: Editora Independente/Não Encontrada

Resenha crítica

Esse é o Mais que 12 Minutos, o podcast que acelera o seu aprendizado.

 

Olá, eu sou Gabriel Falke, bem-vindos ao Mais que 12 Min, o podcast que acelera o seu aprendizado. No episódio de hoje, a gente vai conversar sobre relacionamentos e quem me acompanha nesse papo é o produtor de conteúdo Wendell Carvalho. Nosso aplicativo disponibiliza um leque enorme de microbooks que complementam a nossa discussão. E você pode ver a nossa biblioteca completa lá na categoria de relacionamentos. Empatia, respeito e diálogo são chave para relacionamentos duradouro, mas a gente não nasce com essas qualidades direto de fábrica. A gente precisa exercitar e muito esses aspectos pra construir relações sólidas com outras pessoas. Como identificar os pontos que precisamos melhorar em nossos relacionamentos e como exercitá-los de uma maneira saudável? Bom pra me ajudar a responder essas questões e os seus desdobramentos, eu convidei o Wendell pra falar com a gente, então vamos começar?

 

Wendell, muitíssimo obrigado por topar esse bate-papo. A gente tá gravando sobre relacionamento e nesse momento durante a gravação, você tem mais de 4 milhões te seguindo lá no Instagram. Como é esse relacionamento virtual com tanta gente e quais são os desafios de criar um conteúdo específico, mas pra um público que é tão plural?

É, o que acontece? Primeiro, obrigado pelo espaço, de tá aqui falando pra uma audiência tão bacana e tão grande quanto a minha (risos). Então, são 4.4 milhões de pessoas, todos os meses aumenta 200 mil pessoas, então é uma audiência muito grande. Nesse ritmo, seguramente a gente vai impactar cada vez mais pessoas, mas o grande desafio que existe ali é o seguinte, muita gente me pergunta, como é que você faz pra conseguir comunicar com tantas pessoas? Existe um grande guarda-chuva de conteúdo ali, né? Então existe uma grande visão que eu tenho, é o que a gente chama de vida épica, né? Construção de uma vida épica, que é uma vida abundante de fato, e abaixo disso a gente vai conseguindo comunicar com essas pessoas mostrando as nuances pra conquistar essa vida épica, essa vida abundante de fato. E aí como é que a gente consegue comunicar com tantas pessoas diferentes? Falando de princípios! Porque isso é uma coisa importante, quando você fala de princípios as pessoas adequam aquilo pras suas vidas, quando você começa a cagar regra na cabeça das pessoas, aí você começa a ter grandes problemas, mas você fala de princípios. Então, por exemplo, falar de princípios, né? As pessoas que querem enriquecer de fato, se tornarem realmente ricas, precisam ter o próprio negócio. Isso é um princípio, se você olhar as pessoas que têm mais dinheiro, vai entender isso, e tal. Mas se eu for falar sobre felicidade é um outro princípio. Então, eu costumo basear a minha comunicação em princípios e dessa forma consigo me comunicar com 4 milhões, 12 milhões, 100 milhões de pessoas, sem nenhum problema. 

 

Eu acho interessante que, uns dias atrás, impressionante, eu assisti um vídeo de um de um comunicador, um filósofo brasileiro fantástico, infelizmente eu não lembro o nome dele nesse momento, Clóvis de Barros se eu não tô enganado? Um mega comunicador, também. 

O Clóvis é sensacional.

 

Você vê em livrarias de aeroportos, vários livros falando das regras pra você ser feliz, ganhar dinheiro e assim por diante, mas a verdade é que as pessoas têm backgrounds culturais diferentes, têm formações diferentes, têm visões diferentes. Como você vai aplicar uma regra única pra todo mundo atingir o mesmo objetivo sendo que o histórico de cada pessoa é diferente? Como você quer partir de uma mesma fórmula mágica pra atingir pessoas diferentes? Isso não dá certo, né? 

Não dá certo, não dá certo. E a gente tem que entender o seguinte, né, eu gosto muito de pensar nisso, o que é sucesso pra cada pessoa? Eu não posso colocar o sucesso numa caixinha e dizer que é isso. Se você não morar numa cobertura de frente pro mar, se não tiver uma Porsche, se não tiver abdômen trincado, não vai ter sucesso. Não é isso. Agora, a grande questão é, eu preciso ter uma visão do que é sucesso para mim e isso precisa estar balizado em alguns princípios para equilibrar as áreas da vida. Por exemplo, do que vale o sucesso se eu desequilibrar toda a minha vida? Eu tenho sucesso, me tornei famoso, me tornei rico, mas eu tenho um câncer aos 35, 40 anos. Ou então cheguei lá, mas sou viciado em heroína, eu consegui lá mas não consigo ter um relacionamento, um casamento, meus filhos não me amam. 

 

É até uma doença do século, depressão, estresse.

Exatamente, então eu não consigo colocar sucesso, por exemplo, numa caixinha, mas preciso alinhar com a minha audiência que pra atingir o sucesso, o sucesso é o que eles querem pra eles, isso é algo importante, é a visão de vida deles, o que é a vida épica para eles, eles pra chegar lá precisam respeitar alguns princípios, tá? E quando você entende esses princípios, você constrói o que você quiser respeitando princípios. Da mesma forma, se eu for construir uma casa, eu preciso respeitar princípios de engenharia, cálculo estrutural, eu não posso simplesmente falar vou construir a casa do jeito que eu quero. Não funciona, né? Não vai simplesmente funcionar, a casa vai ruir, né? 

 

Com certeza. E cara, continuando nesse assunto de relacionamento, principalmente no mundo digital, tem um termo que eu acho muito interessante na psicologia que é descolamento social, que é o distanciamento dos nossos relacionamentos em virtude dos fatores externos. O que contribui pra que as pessoas estejam cada vez mais conectadas ali pelo celular, pelas redes sociais, mas se relacionando tão pouco? 

O grande fato é que existe, na gravação desse podcast tem até um documentário que saiu há pouco na Netflix, falando desse dilema das redes sociais e tudo, mas a grande questão é, a rede social é um negócio magnífico, mas existe um negócio por trás disso. E a gente sabe, não tem ninguém inocente aqui. Então quando eu rodo meu Instagram, quando eu clico e vejo um vídeo, tudo aquilo ali vai virando dados e o grande objetivo de uma rede social do ponto de vista de negócio é fazer a pessoa passar mais tempo lá dentro. Desta forma, essa plataforma acaba criando alguns recursos que prendam a pessoa mais tempo lá dentro. Exemplo disso, o Instagram tem um feed infinito, você vai rodar lá durante cinco dias e nunca vai acabar, diferente de uma revista que quando você termina uma revista você entende que parou. Você não vai pegar e folhear 200 revistas duma vez uma no rabo da outra, você vai parar e vai fazer outra coisa. Rede social foi desenhada pra isso, pra você ficar infinitamente ali. E eles criam alimentos de recompensa, likes, comentários, coisinhas desse tipo, e isso vai gamificando a coisa, entre aspas, não é um game mas a gente sente um pouco disso. Vai gerando dopamina em pequenas questões. O fato é que isso está acontecendo, qual é o impacto disso pros próximos 20 ou 30 anos, nós não temos a menor ideia, mas o fato é que isso está acontecendo e muitas  vezes as pessoas estão perdendo o tesão de estar com o seu tio, com o seu vô, com a sua vó, com um colega que tem um ritmo de fala mais lento e a pessoa já fica meus deus do céu, ela não fala na velocidade que eu queria, eu queria colocar essa pessoa na velocidade 1.8 igual eu mudo vídeo no YouTube e as pessoas tão destreinando sua paciência com outros seres humanos e muitas vezes as pessoas estão numa mesa de um restaurante e cada um no seu celular. Isso acontece. Muitas pessoas tão dentro duma festa e vão no banheiro pra mexer nas redes sociais. Perceba quão bizarro é isso, o quão desconectado está isso. 

 

Você se desloca, teoricamente pra estar perto de outras pessoas, mas você acaba preferindo ficar longe, mesmo estando ao lado delas. 

É, é o presenteísmo, a pessoa nunca tá no lugar onde ela realmente está. Ela deveria estar num lugar, ela tá ali de corpo, mas a mente não, entende? Então é necessário criar um exercício de escuta empática e extremamente presente com as pessoas. Então, muitas vezes quando eu tô conversando me interesso genuinamente com a pessoa, pergunto como ela faz isso, olho nos olhos dela, meu deus, como foi essa história, como aconteceu isso na sua vida, caramba. E você vai ver que as outras pessoas da mesa começam a se interessar por aquela história também. Porque as pessoas estão se desconectando, tendo conversas cada vez mais rasas e menos interessadas no outro, porque essa é uma característica das redes sociais também. É a rede da selfie, do eu, egóica, alimenta o meu ego, então eu quero saber sempre de mim. Aí tô lá no restaurante e preciso ir no banheiro pra ver se eu tive mais likes na foto que eu postei na entrada do restaurante. Se o meu prato recebeu comentário nos stories, isso é a imbecilização das pessoas. Então se conecte à pessoa que tá na sua mesa, pergunte sobre as coisas dela. 

 

Wendell, você fez um gancho fantástico pra próxima pergunta. Na introdução aqui do cast, eu comentei que a empatia é uma coisa que precisa ser constantemente treinada. Qual é a lição de casa que a gente pode fazer pra melhorar os nossos níveis de empatia?

Empatia não significa sofrer com o outro, muitas pessoas confundem isso. Se uma pessoa está sofrendo, eu tenho que sofrer com ela. Empatia não está ligado a isso, empatia significa que você se colocar no lugar do outro, mas não precisa sofrer com o outro, porque tem muitas pessoas que não gostam de sofrer, ah eu não gosto de pessoas que tão sofrendo e reclamando, mas a ideia não é essa, é simplesmente se colocar um pouco mais no lugar do outro. Então se pergunte, tô aqui numa mesa do restaurante, o que seria legal pra pessoa que tá do outro lado ali, tentando falar um pouquinho duma coisa da vida dela pra pessoas que não tão dando a mínima atenção pra ela? Poxa, eu vou perguntar um pouco mais sobre esse projeto, eu vou perguntar mais, mesmo que naquele momento você fale cara, saber mais sobre bijuteria ou esmalteria ou whey protein não vai fazer a menor diferença na minha vida. Mas não é sobre você é sobre a outra pessoa. É esse exercício altruísta até, de entregar 5 minutos da sua vida pra outra pessoa, perguntando mais sobre aquilo que ela tem interesse. E você vai ver isso, vai lembrar desse podcast. Você vai ver que a mesa vai se voltar pra conversa que você tá tendo com uma outra pessoa. Porque quando você lança esse olhar pro outro e é humano com o outro, e esse olhar pra vida do outro, pra biografia do outro  faz o outro humano também, porque o outro só se torna humano quando é reconhecido por um outro humano, você vê que a mesa vai começar a se movimentar. As pessoas vão começar a se interessar pela conversa também. Porque as pessoas vão ver que mesmo que seja uma conversa sobre whey protein ou sobre bijuteria ou seja lá o que for, é uma conversa mais profunda do que uma conversa sobre likes e comentários nas redes sociais. 

 

Cara, em tempos pandêmicos, a empatia deixou de ser uma qualidade esporádica e se tornou quase uma demanda. A gente tá aí se comunicando através, obrigatoriamente através de computador, câmera, celular, enfim. Mas isso teve um impacto muito forte em âmbitos profissionais. Todo mundo precisou trabalhar de casa mesmo não querendo, muitas vezes mesmo não podendo. A realidade do Gabriel, a realidade do Wendell, é muito diferente quando a gente olha o Brasil como um país continental. Como é possível a gente exercitar a empatia em ambientes profissionais? 

Se eu tô num ambiente profissional, eu preciso entender o seguinte. Uma outra nuance da empatia, a gente ouve muito falarem que precisa tratar as pessoas como você gostaria de ser tratado, eu acho que isso é uma falsa máxima, entende? Você precisa tratar as pessoas como elas gostariam de ser tratadas e não como eu gostaria de ser tratado. Porque vou te dar um exemplo, sou uma pessoa muito prática e objetiva, eu sou assim, eu não posso partir do pressuposto que eu vou tratar as pessoas como eu gostaria de ser tratado porque sou prático e objetivo. Se eu fizer isso, vou magoar muito as pessoas. Eu entendo, por exemplo, que a Carina, minha esposa, não é assim. Eu entendo, por exemplo que a Liane, que trabalha comigo e é minha gestora de eventos, não é assim. Eu entendo que tem o Ricardo Guida que trabalha comigo, ele é assim. Então, eu tenho que ajustar minha comunicação do ponto de vista que o outro gostaria de ser tratado. A empatia passa muito por isso. Mas existe um viés do outro lado, eu percebo que existe um comportamento do outro lado de algumas pessoas, não podemos generalizar, quando alguém é um pouco mais assertivo e objetivo, dizem que é uma pessoa grossa, que não pensa nos outros, mas será que não tá faltando um pouco escolher o caminho do meio? Nem tanto floquinho de neve, de um lado. Eu chamo isso de a geração floquinho de neve especial, a pessoa acha que é um floquinho de neve especial e você não pode falar nada porque senão ela se derrete toda e tal, e do outro lado tem um pedaço de asfalto. (risos) Então, assim, esses dois espectros, vamos escolher o caminho do meio, talvez, é um caminho de mais assertividade, mas também é um caminho de amor. 

 

Isso é interessante, também, porque um dos exercícios mais importantes e vejo isso nessa época em que trabalhamos de casa, pelo menos boa parte do Brasil enquanto essa vacina não chega, que é o exercício da paciência, né? É muito diferente você ter uma reunião cheia de pessoas, numa sala de reunião num escritório corporativo, e no dia seguinte você tem reunião com pessoas de roupão, com pijama, os filhos atrás tacando prato um no outro e tudo mais. É um exercício não muito fácil de praticar diariamente, mas também trouxe outras nuances importantes pra gente que uma delas é a paciência. Talvez não seja o ideal, mas tá tudo bem. 

Eu gosto muito de pensar no seguinte, Gabriel, o que você tá falando faz sentido e cada pessoa tá fazendo o máximo que pode com os recursos que tem. Então cada pessoa que você encontrar na sua jornada, não importa se é agora ou daqui a três décadas, mas essa pessoa vai tá fazendo o máximo que pode com os recursos que ela tem, recursos físicos, recursos financeiros, recursos emocionais, então muitas vezes você passa e fica se perguntando poxa, por que esse mendigo tá na rua? Poxa, aquele mendigo tá fazendo o máximo que ele pode com os recursos psíquicos, emocionais que ele tem. Você não sabe o que aconteceu na biografia daquele cara, você não sabe o que aconteceu na vida dele, pra tá ali cagando regra e julgando aquela pessoa. Você não sabe o que aconteceu pra aquela pessoa da sua equipe que tá fazendo uma reunião home office e tem três filhos chorando em casa. Você sabe o que aconteceu? Não sabe, então a pessoa do outro lado tá fazendo o máximo que ela pode com o recurso que ela tem. Então nisso, baixa o julgamento, tira o juiz que tá aí dentro o tempo todo julgando e sentenciando as pessoas, e você traz aquelas pessoas pode parecer piegas, mas traz pro seu coração. É óbvio que cabe uma instrução, olha na próxima vamos tentar fazer isso, isso e isso, mas naquele momento, todo mundo tá fazendo o máximo que pode fazer com o recurso que tem e todo mundo tá buscando ser feliz. Não importa o caminho, se a pessoa tá fazendo o que ela tá fazendo na Terra, no mundo, nesse planeta, nessa vida, seja lá a crença que você tenha, a pessoa tá buscando fazer o máximo que ela pode com os recursos que tem e tá tentando ser feliz do jeito dela seguindo as regras dela, os valores dela, enfim. 

 

Cara, impressionante, um dos meus autores preferidos é o Shakespeare. E eu sempre brinco quando tô conversando sobre relacionamento com outras pessoas, que se existisse diálogo entre as famílias, né, no livro Romeu e Julieta, cara, nenhuma tragédia teria acontecido. Como a gente pode, aos poucos, quebrar essa barreira da falta de diálogo e evitar que situações escalem pra níveis catastróficos? 

A pessoa precisa sair do ego. As pessoas tem o que chamamos de falso eu. O falso eu é o ego, o ego é essa estrutura psíquica que a pessoa acredita que ela é aquilo. Então, deixa eu exemplificar aqui. Imagina que existe você e do seu lado uma estátua de cera, muito parecida com você. Existe o você, que é você mesmo, e uma estátua do seu lado. E você acredita que você é aquela estátua, e fica limpando essa estátua, alisando essa estátua, botando post-its, com qualidades nessa estátua e fica acreditando que você é aquela estátua. Mas você não é aquela estátua, você é um ser perfeito, magnífico, criado por uma força superior, seja lá a crença que você tiver, e você é magnífico nos seus acertos, magnífico nos seus erros, você é isso. Você é esse ser humano, mas você acredita que é essa estátua, essa estátua é o falso eu que você fica alimentando. É a mãe perfeita que você fica tentando alimentar que você é e você não é, é o pai perfeito, é a pessoa perfeita, é o cara que não erra, a mulher que não erra, a pessoa que sempre está certa, a pessoa que tá sempre bem arrumada e você fica tentando o tempo todo defender essa imagem e quando você está o tempo todo defendendo essa imagem, você tá defendendo suas convicções, defendendo suas crenças, defendendo os caminhos que você acha que tem que seguir. Por quê? Porque você quer provar que aquela estátua tá correta, é o seu ego querendo provar que aquele é o caminho certo. Aí você acredita, começa a ter um discurso polarizado, ou é preto e branco, ou é esquerda e direita, e isso começa a criar rixas e divisões em tudo quanto é lugar. Por quê? Por conta do ego, você quer provar que você está certo. E as pessoas morrem pra provar que estão certas, entende? Quando começo a entender que não sou essa estátua e essa imagem criada pela minha mente, mas sou outra coisa, sou um ser que já é perfeito, já é magnífico inclusive nas minhas tentativas e erros, nas minhas qualidades, eu paro de ficar tentando esconder os meus erros, eu pero de ficar tentando só fazer coisas se tiver certeza que vou acertar. Por quê? Porque eu saí do ego, eu não tô mais lá. Agora você começa a falar as merdas que você faz, você começa a se orgulhar das cagadas que você fez lá atrás, começa a não ter mais vergonha de ser ridículo, os véus começam a ser tirados dos seus olhos e você começa a ver o mundo como ele verdadeiramente é. 

 

Se desprende dessa âncora, na verdade isso é uma âncora que não te leva pra lugar nenhuma, essa é a verdade. Cara tem uma frase sua que é fantástica, eu vi no seu Instagram que é "Tudo é difícil, mas qual é o seu difícil hoje?" Wendell, hoje em setembro, qual é o seu difícil e como você lida com situações adversas?

Eu acredito muito nisso pelo seguinte. Enriquecer é difícil, mas ser pobre também é difícil. Manter um corpo magro e saudável é difícil, mas ter uma pessoa com sobrepeso e obesidade também é difícil, então tudo é difícil, ser pobre é difícil, então escolhe o seu difícil, cazzo. Escolhe um lado e vai viver aquilo ali pleno. Eu tenho minhas dificuldades hoje, por exemplo, uma dificuldade que eu tenho hoje é como conseguir fazer com que o meu negócio continue crescendo tanto e ter equilíbrio no meu relacionamento amoroso e na minha qualidade de vida. Então isso é uma coisa que eu tô o tempo todo num limiar, eu tô o tempo todo testando até onde eu posso ir. Eu ainda não tenho respostas pra isso, de como eu posso crescer cada vez mais, e manter essa qualidade de vida, eu tô plenamente testando o tempo todo, porque eu venho crescendo muito.

 

E provavelmente vai ser uma coisa pro resto da tua vida, né? Não é uma coisa que você resolve hoje e amanhã tá livre, né? 

Não, é life time, eu vou tá testando isso pro resto da vida. Mas eu não tô disposto, isso é um negócio curioso que o Conrado Adolfo até me perguntou uma vez que fui no escritório dele, ele me perguntou Wendell, onde você quer chegar? E eu disse Conrado, eu quero chegar no mais longe e mais alto que eu conseguir sem perder minha qualidade de vida. Eu tô buscando técnicas, ciência pra isso, pra chegar mais longe, então isso é um difícil que tô buscando equilibrar o tempo todo. Existe uma coisa muito pessoal, um difícil meu hoje em dia é como eu consigo conciliar os treinos de jiu jitsu, com os treinos de musculação porque eu quero buscar massa magra, mas aí eu tô quebrado do jiu jitsu e não consigo ir treinar. Então esse é um difícil que eu tô passando hoje.

 

Continuando aí falando sobre o seu conteúdo, você fala muito sobre liberdade financeira. E eu acho isso um assunto fantástico, acho que os criadores de conteúdo hoje no Brasil hoje, tem aí uma responsabilidade muito grande de quebrar a barreira do conhecimento sobre finanças. Na prática, o que essa liberdade significa e na tua opinião, quais os primeiros passos que essa pessoa precisa dar durante essa trajetória?

Olha, entenda o seguinte. Dinheiro é um tabu no Brasil, tá? Falar sobre dinheiro. Se você pergunta pra alguém quanto ela ganha, isso é quase uma ofensa. Experimenta. Senta numa mesa, você não conhece as pessoas e a quarta pergunta que você faz pra elas é quanto você ganha, pergunta na lata, a pessoa vai achar que você tá ofendendo ela. Então assim, as pessoas precisam falar sobre dinheiro. Você que tá ouvindo esse podcast agora, tem que criar um grupo de WhatsApp, botar cinco pessoas lá dentro e falar de dinheiro nos próximos 12 meses. E o tema do grupo vai ser como triplicar os ganhos financeiros. Tem que falar sobre dinheiro, é tabu. Então assim, o dinheiro gera uma chave, um código de entrada prum lugar novo cheio de liberdade, com dinheiro você tem acesso a estratégias pra ter tempo pra ficar com os seus filhos, com dinheiro você tem melhor saúde pra sua família, com dinheiro você tem viagens, com dinheiro você tem conforto, com dinheiro você não passa dificuldades que muitas vezes consomem a sua mentalidade porque você tá ali com dificuldades pra pagar o gás, pra pagar o aluguel, tá sendo despejado, entende? Seu filho tá doente e você tem que colocar o filho no SUS lá porque não consegue pagar um bom hospital. Então, é entender que dinheiro é essa chave. E pra você poder enriquecer, tem que entender alguns princípios. Se você quiser verdadeiramente enriquecer tem que primeiro trabalhar pra alguém de carteira assinada desde que esteja aprendendo coisas nesse lugar, se você tá aprendendo coisas nesse lugar e tá ganhando pouco dinheiro, você tá ganhando um dinheiro que é pouco, mas já é uma remuneração e tá aprendendo coisas. É conhecimento, isso não é uma remuneração. Agora, se você tá trabalhando pra alguém, tá ganhando pouco e não tá aprendendo, você virou escravo dessa pessoa e você não tem que aceitar escravidão, você vai sair e vai pra outro lugar em que vai ganhar pouco, talvez, mas vai aprender. Por quê? Porque o que você tá aprendendo vai fazer você ganhar mais lá na frente, aí em algum momento eu não sei se daqui a 5 ou 10 anos você vai empreender. Foi o que aconteceu comigo. Eu agreguei muito valor pra empresa de treinamento que eu trabalhava, eu entrei lá junior total, quando eu saí dessa empresa de treinamento eu já entregava 80% de faturamento dessa empresa e aí eu agreguei muito, mas eu segui minha jornada. Essa empresa ganhou, eu também ganhei, mas eu segui minha jornada e empreendi. Essa foi a diferença, por exemplo, de na época ganhar, sei lá, algo na casa 15 mil reais por mês pra ganhar mais de 800 mil reais por mês. Qual a diferença de 15 pra 800 mil reais? É quantas pessoas você impacta com o seu produto ou serviço. Entra um segundo princípio aí de prosperidade. Se você impacta poucas pessoas, você ganha pouco, se você impacta muitas pessoas, você ganha muito. Isso é pra tudo, pra manicure, pra quem vende batata frita, pra quem tem uma loja de automóveis, não importa. Você vende água no semáforo? Se você vende 100 águas por dia, mas se você cria uma estrutura pra vender 1.100 águas por dia, você tem outro impacto e você ganha mais, tá? Então eu entendi essa mecânica lá atrás e segui esses passos pra poder enriquecer. Porque o que acontece hoje? Eu consigo ajudar financeiramente muitas pessoas da minha família, hoje eu consigo botar minha mãe num avião pra ir pra Portugal pra ter uma experiência, eu consigo botar meu pai em Interlagos pra ter uma experiência automobilística comigo, consigo furar poço artesiano na África, gastar 120 mil reais pra furar vários poços artesianos na África. Consigo fazer isso porque o dinheiro dá acesso a isso, entendeu? Então se você tá ouvindo esse podcast aqui, você é uma pessoa que tem uma mentalidade diferenciada, você tem obrigação de enriquecer. E não é sobre você, é enriquecer para que o transbordo do seu dinheiro ajude outras pessoas. 

 

Querido, e problemas de relacionamentos todos nós temos em diferentes esferas da vida. Um dos mais complicados é o relacionamento familiar que muitas vezes chega a ser uma convivência tóxica entre pais, filhos e demais agregados. Qual que é a receita, se é que existe, pra fazer um detox de um ambiente como esse? 

Sim, olha só, o que é importante a gente entender, família a gente não escolhe, mas todo o resto a gente escolhe. Você escolhe amigos, você escolhe colegas de trabalho porque você escolhe ficar naquele trabalho ou não, você escolhe uma parceira, um parceiro pra casar, você só não escolhe a família. E a família que você tem é a família que o Criador te deu, então existe uma mensagem por trás disso. Você tem o pai perfeito pra você, ele estando presente ou ausente, você talvez saiba quem é seu pai ou de repente nem saiba o nome dele no regisro, no seu RG, mas ele é o pai perfeito pra você. Enquanto você negar a origem do seu pai, enquanto você negar a conexão que você tem com o seu pai, você não vai fluir pra vida, tá? A gente poderia fazer um pocast de uma hora inteira só falando sobre o papel paterno na vida de uma pessoa e como isso tá ligado a sucesso financeiro e pro mundo, tá? E a mesma coisa em relação a mãe. Enquanto você não entender que tem a mãe perfeita, ai minha mãe é narcisista ou isso e aquilo, esses rótulos que as pessoas ficam dando umas pras outras, a minha família é tóxica. Enquanto você não entender que você tem a família perfeita pra você e trazer pro seu coração essas pessoas de forma profunda, e honrar essas pessoas, a sua vida não vai pra frente porque você vai estar desconectado da sua raiz. Como é que uma planta, uma árvore vai dar fruto se ela cortou as raízes, se você corta completamente a honra que você tem pelo seu pai, pela sua mãe, você não vai gerar frutos. Eu tô falando isso do alto de 16 anos atendendo pessoas e treinado mais de 250 mil pessoas presencialmente, é bizarro isso, né? Então você tem a família que você precisa ter. Aí entra uma outra questão. Eu tenho que conviver com essa família? Não, você não tem que conviver com essa família. Eu tenho que honrar essa família? Tem, você tem que honrar essa família. Então por exemplo, eu não vivo com meu pai e com minha mãe, eu encontro meu pai e minha mãe volta e meia, são momentos agradabilíssimos, mas eu não moro com meus pais. E se você tá ouvindo esse áudio e tá de saco cheio de morar com o seu pai porque ele fica cagando regra na sua cabeça, então sai da casa dos seus pais, cara. Se você tem mais de 18 anos a pergunta é o que cargas d'água você tá fazendo na casa dos seus pais? Vá pro mundo! Ah, mas eu só quero sair da casa dos meus pais quando eu tiver o meu carro, o mesmo nível de vida. 

 

Quebra a cara, vai ser melhor!

O seu pai quando saiu da casa do seu vô, ele não tinha esse nível financeiro. E isso tá levando pessoas a ficarem com 40 anos vivendo na casa dos pais, é bizarro isso. Vaza da casa dos seus pais, entende? Você tem os pais perfeitos pra você e você pode encontrar os seus pais, e quando você for pro mundo e se tornar homem, e mulher de verdade, você vai ver que a relação vai mudar, inclusive. Porque você vai voltar pros seus pais sendo um homem e uma mulher de verdade. Porque quem mora com os pais ainda não assumiu a responsabilidade como adulto na vida. É um adulto de plástico ali. Então vocês precisam, em relação aos amigos e parceiros de vida, e colegas de trabalho, selecionar essas pessoas baseado em um critério, valores. Tenha perto de você pessoas com os mesmos valores. Não tô dizendo os mesmos gostos, tá? Eu tenho amigos, por exemplo, que gostam de sertanejo, que gostam de pizza, que gostam de surfe que gostam de... Eu gosto de algumas outras coisas, mas nós temos valores, como fidelidade, nenhum dos meus amigos por exemplo fica falando sobre caso extraconjugal ou coisinha desse tipo. Já tive amigo assim lá atrás, mas hoje não fazem mais parte da minha vida. Nenhum desses amigos falam sobre desonestidade nos negócios, são amigos que pagam 100% dos impostos, então tragam pro seu núcleo pessoas que tenham os mesmos valores. A pessoa começou a demonstrar outros valores, aconselhe essa pessoa a mudar os valores. Ela não mudou? Vaza! Deixa essa pessoa fluir porque ela vai encontrar outras pessoas com os mesmos valores dela. 

 

O mundo tem 8 bilhões de pessoas, uma pessoa não vai fazer diferença, né?

Ah, pelo amor de Deus! Vamos parar com essa síndrome de super-herói que quer salvar as pessoas aí, vamos descer do ego aí.

 

Wendell, me fala uma coisa, cara, eu vejo você dando muitos conselhos pros seus seguidores e quero saber, se você pudesse voltar 10 anos atrás pra te dar apenas um conselho, qual conselho seria? 

10 anos atrás? Um conselho só? (risos). Tem tantas áreas, poderia dar um conselho pra cada área, mas se eu fosse pensar em um conselho só, seria torne-se um líder mais presente, acho que seria isso. Eu durante o começo do meu negócio, eu tenho 16 anos, eu fui um líder que eu delargava muito as coisas, eu não tava tão presente lá, aí eu culpava minha equipe por não fazer as coisas, aí se eu voltasse 10 anos atrás eu seria um líder mais presente, seria um líder mais treinador do que eu fui, seria um líder que confiaria menos na habilidade das pessoas e acho lá atrás eu falhei muito nisso. Se eu fosse me dar um outro conselho ainda, seria domine logo o Instagram, não fique perdendo tempo, domine logo essa parada, porque isso foi game changing pra mim. (risos)

 

Eu sempre encerro os casts aqui com a mesma pergunta pra todos os convidados. Eu gostaria de saber se você tem o costume de ler e se você pode recomendar um livro pros nossos ouvintes, cara? 

Cara, tem aqui, vocês não tão vendo aqui. 

 

Tem uma biblioteca ali com ele. 

Tem uma biblioteca aqui comigo. Cara, posso pegar dois?

 

Pode. 

Então vou pegar dois de capinhas amarelas aqui. Eles são livros que não importa onde você trabalhe ou viva, vão te ajudar. O primeiro é um livro do Ryan Holiday, chamado O obstáculo é o caminho. Esse é um livro que fala sobre estoicismo, que é uma corrente filosófica que vai te ajudar na vida, independente do que você trabalha. Por exemplo, esse foi o estilo filosófico que baseou muito do que Sêneca dizia. Foi isso que deu insumo psicológico pro Marco Aurélio, que foi o último grande imperador, dominar tudo que ele dominou, então, O obstáculo é o caminho é um livro novo, um livro recente, não é um livro de 200, 300 anos, e com linguagem nova pra você entender o estoicismo. É a corrente filosófica que rege minha vida. E o outro livro é do Shirzad Chamine chamado Inteligência positiva. Ele é um psicólogo e nesse livro fez um, mapeou 10 sabotadores que existem, desses 10 sabotadores que existem, todo mundo tem 2 ou 3 deles que são muito aflorados, isso aqui dá um nível de inteligência pra você saber onde tá fazendo cagada na vida, que é maravilhoso, eu quando li isso aqui fiquei caramba, olha só, quando tive acesso a isso aqui, eu falei caramba, esses dois sabotadores tão cagando a minha vida e quando eu tive consciência sobre esses sabotadores, quando eles tão se manifestando eu falo, olha lá, eles tão vindo.

 

Apareceu, o dito cujo apareceu!

É, aí eu já boto eles na coleira ali pra dominá-los, então eu recomendo esses dois livros aí pra galera. 

 

Legal! Wendell, recomendações fantásticas, eu quero agradecer pela tua participação, eu adoraria passar umas 2 horas tomando café e conversando contigo, mas a gente precisa ficar por aqui. 

(risos) Maravilha, muito obrigado a todo mundo do 12 min aqui que acompanhou esse áudio, tem bastante coisa lá no Instagram, dá um pulo lá, Wendell Carvalho, tem conteúdo todo santo dia lá, a gente se vê por aí. 

 

Gostou do cast e quer se aprofundar mais sobre o assunto? Então, ouça o microbook Inteligência relacional e aprenda 6 habilidades de como equilibrar os nossos negócios e os nossos relacionamentos. Até a próxima!

 

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